quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Ser cientista na Educação Pré-escolar do Agrupamento de Escolas Penafiel Sudeste (AEPS)

A aprendizagem acerca da natureza da ciência e da sua relação com a sociedade e a cultura compõe um aspeto marcante da educação em ciência, expondo uma ponte significativa entre a comunidade científica e os restantes setores da sociedade (McComas, 2000). Assim sendo, a instituição educativa desempenha um papel fulcral na construção de conhecimento na área da ciência e no incremento de capacidades, competências e atitudes que proporcionam o envolvimento quer das crianças quer da família/comunidade. “As interações sociais, são [desta forma], o âmago do desenvolvimento do pensamento e da aprendizagem” da criança (Marchão, 2012: 127).
O cientista, na faixa etária dos 3 aos 5 anos (Educação Pré-escolar), carateriza-se como sendo um “profissional” divertido, observador, atento que investiga, questiona, não se revendo nas caricaturas do cientista que usa óculos, veste bata branca, “no cientista louco ou excêntrico que, isoladamente e em sigilo realiza experiências perigosas e de resultados imprevisíveis; ou o cientista que, motivado pelo lucro, procura novos conhecimentos e produtos de forma competitiva e desleal (Aikenhead, 1988; Fort e Varney, 1989; Matthews e Davies, 1999; Reis, 2004; Reis, Rodrigues e santos, 2006).
O Jardim-de-infância, veiculando uma imagem sobre a ciência experimental como um conjunto de conhecimentos que conduzem a verdades absolutas, inquestionáveis, através da observação direta, promove a compreensão básica do conhecimento sobre o mundo e do conhecimento científico, motivando as crianças a desenvolver o raciocínio lógico, a levantar questões/hipóteses, a prever resultados e a chegar a conclusões (…), a desenvolver atitudes de índole científicas, educativas baseando-se em conceções matemáticas…
As atitudes emocionais, constituindo os alicerces para as atitudes inteletuais, são as prioritárias a desenvolver-se nas crianças da Educação Pré-escolar. O cientista do Jardim-de-infância, partilhando ideias, interage com seus pares, revelando reações emocionais, frente a situações que surgem, naturalmente.
SER CIENTISTA, no Jardim-de-infância é MANIPULAR, COMPARAR, ENVOLVER-SE ATIVAMENTE NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E NAS ATIVIDADES EXPERIMENTAIS, (…) é CRESCER!.... Daí que as educadoras do Agrupamento de Escolas Penafiel Sudeste vão continuar a “investir na [criança/] pessoa” (Nóvoa, 1992), estimulando-a a planificar as atividades a efetuar e a refletir sobre as realizadas, rentabilizando as potencialidades de cada criança. As crianças tornam-se cientistas ativos “… que procuram, constantemente, satisfazer a sua insaciável curiosidade sobre o mundo que as rodeia” (Reis, 2008: 16). Desta forma, o espirito curioso das crianças vai continuar a ser explorado e orientado na criação de situações de aprendizagem, até porque as questões, que fluem com naturalidade, sobre a grande diversidade temática são “o ponto de partida para a construção do conhecimento” (Pereira, 2002: 58).
No âmbito do Plano de Melhoria, o Departamento da Educação Pré-escolar do AEPS desenvolve, ao longo do ano letivo, o Projeto “Aprender … experimentando …” que inclui a realização de 3 atividades experimentais por período, em cada grupo de crianças que compõe o presente Departamento, tendo como grande objetivo divulgar o trabalho desenvolvido na Educação Pré-escolar, na área das ciências experimentais.

Cabeça Santa, 14 de novembro de 2014
A Coordenadora da Educação Pré-escolar
Carolina Rodrigues

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